A cidade cresce. E as despesas também... Natural!

A cidade cresce. E as despesas também...  Natural!

Na terça-feira, 11, foi votado na Câmara um projeto que aumentou a estrutura da prefeitura, com a criação de mais 39 cargos, dentre outras medidas de estrutura organizacional. O projeto foi aprovado com 12 votos favoráveis e 4 contra, e, logo após a reunião, quase que de forma instantânea, críticas aos que votaram favoráveis já estavam nas redes sociais e estampando as fotos dos que votaram contra. Achamos normal, são atos inerentes à política, como visão administrativa, posicionamento político, postura de transição e até mesmo interesses pessoais eleitorais e/ou eleitoreiros, mas valem todas essas alternativas e interpretações. 

Não vou aqui afirmar que vou defender os atos da administração municipal, que ainda não completou 90 dias na direção administrativa da cidade, e muito menos não precisa pensar você que estou alinhado com eles ou algo do tipo. Apenas vou expor minha opinião diante de algumas questões administrativas e políticas para adequação da administração que assumiu a cidade. Entendo que o prefeito que chega precisa acomodar o seu pessoal de confiança e, mais que isso, necessita “tomar pé” da situação administrativa, para saber se ela está de acordo com as suas pretensões também administrativas e de acordo com os planejamentos para os próximos 4 anos de governo. Dito isso, entendemos que seja natural que mudanças sejam implementadas para que o governo funcione, política e administrativamente, de acordo com o plano de governo apresentado à população antes da eleição.

Vencida essa etapa de acomodação, é mesmo necessário mudanças para que o perfil se adeque e o planejado funcione. E é aí que achamos natural a criação de novos cargos, mudanças no orçamento e, principalmente, no plano de governo. Então não vai ser a criação de 39 cargos que vai vivar “escândalo” e muito menos deixar qualquer governo em situação ruim com o eleitor. Entendemos que estes 39 cargos são mesmo necessários para a restruturação e funcionamento de setores da máquina administrativa, como também sabemos que alguns são para atender politicamente os chefes de alguns setores, e principalmente os caciques eleitos. É natural. 

Mas o importante é que a maioria desses cargos seja para desenvolver programas de governo que são importantes para a população. Um desses programas, por exemplo, é a criação da tão aguardada Guarda Municipal, para que a cidade possa melhorar a qualidade de vida dos habitantes, pois o trânsito está um caos, são motocicletas e veículos desrespeitando sinais, estacionamentos e limites de velocidade. Ninguém respeita nada. Outro problema sério a ser resolvido pela Guarda Municipal é a questão dos andarilhos, drogados e moradores de rua que tomaram conta da área central da cidade. Eles defecam e urinam em qualquer lugar, não respeitam ninguém, bebem o dia todo e “apagam” nos gramados e jardins, muitas vezes, praticamente nus. Os logradouros públicos, como a fonte luminosa e o monumento em homenagem ao Dr. Augusto Gonçalves - nosso primeiro prefeito e chefe político que trabalhou a emancipação -, dentre muitos outros monumentos e lugares, se transformaram em moradia. As marquises dos prédios que abrigam as instituições bancárias já são dormitórios naturais e amanhecem sujas, e ali eles permanecem durante o dia, incomodando todos os usuários que vão ali sacar aposentadorias, pagar seus compromissos. Na verdade, um perigo de assalto.

A cidade também está constantemente suja, devido a esses moradores de rua, pois eles “mexem”, reviram as lixeiras e arrebentam ou abrem os sacos de lixo colocados à tardinha nas portas dos comércios e/ou residências, procurando restos de comida, latinhas etc. Isso precisa acabar. A população precisa ter segurança ao sair às ruas e tranquilidade para tomar um lanche sem que alguém comece a importunar. Pois muito bem, esses são apenas dois problemas que a Guarda Municipal vai ter que resolver, pois muitos outros ficarão sob sua responsabilidade, como a vigilância e o cuidado com os prédios públicos, por exemplo.

Então, em nosso entendimento, os novos cargos foram criados para resolver problemas inerentes a qualquer cidade e que precisam ser resolvidos de forma administrativa, visando o futuro, o crescimento do município. E é assim que funciona, de forma lógica, pois, se há crescimento do município, há a necessidade de gente para trabalhar nas áreas técnicas, um exemplo claro que pode ser citado é a questão da área de engenharia e projetos. Há loteamentos e outros empreendimentos, como condomínios e prédios, à espera de aprovação de plantas, dentre outros documentos, e é preciso técnicos para tal. Então, ilustres vereadores contrários e/ou políticos de oposição, achamos muito natural a aprovação do projeto e a contratação de pessoal que ele possibilita. Seria burrice se posicionar contrário. 

E que fique claro, não estamos nos posicionando desta forma por estarmos “acordados” com a administração ou por motivos políticos. Apenas somos cidadãos itaunenses, filhos da terra, e pretendemos que ela continue crescendo, de forma equilibrada e com qualidade de vida, como bem mostram os dados do IBGE (Veja matéria na página 05), que traduzem de forma evidente que investimento em pessoal é essencial para que se obtenha os índices invejáveis que temos em praticamente todos os sentidos.

Uma última observação: esta coisa de fazer vídeo para jogar nas redes sociais, criticando posições e/ou visão política de vereadores e/ou membros do Executivo é uma forma não muito criteriosa de se atuar politicamente, pois, além de não ajudar em nada no crescimento da cidade, ainda provoca mal-estar entre os que poderiam trabalhar em prol de um todo. Em nosso entendimento, é coisa de menino babão, que não sabe onde está pisando e, daqui a pouco, acaba levando um escorregão daqueles... Para crescer é preciso investir. E desta vez, em MINHA opinião, estão investindo em pessoas.