Ataques pessoais. Um erro grave que pode mostrar o caráter do candidato

Ataques pessoais. Um erro grave que pode  mostrar o caráter do candidato


Esta semana observei que a campanha política majoritária começou a tomar um rumo não condizente com o nível dos três candidatos em disputa, com ênfase em dois desses candidatos que têm a maior chance de eleição. É lamentável que, em uma cidade onde o nível de estudo é consideravelmente elevado, a campanha tome um rumo de nível baixo com ataques lamentáveis e pronúncias de palavras e afirmações que não condizem com a personalidade dos candidatos.

Aí, a interpretação nossa é a de que o assessoramento de um dos candidatos não está de acordo com os padrões que ele está fazendo questão de defender, quando segura o microfone ou vai para a frente das câmaras ou dá entrevista, com apenas uma observação até aqui. Estou de fato sem entender a afirmativa dos candidatos, o que foi entrevistado na semana passada e fez afirmações absurdas e desnecessárias, baixando o nível. E, depois, acabou por retirar a entrevista do ar, pois teria sido publicada on-line. Não entendemos, aliás, estamos sem entender até o momento, pois, se falou, tem que assumir, manter a postura do que fala e pensa. Mas, ao que parece, sua assessoria percebeu que houve um exagero e uma afirmativa que não condiz com a verdade, pois Itaúna sempre contou com bons políticos, e que se preocuparam com a cidade dentro de suas possibilidades, limitações circunstanciais e/ou visão política, mas Itaúna sempre esteve em primeiro lugar, com raríssimas exceções.

Também não estamos entendendo o foco estruturado de campanha em tentar menosprezar um dos candidatos, pois vida pessoal não tem que entrar em pauta de campanha política. Nunca concordei com ataques pessoais, pois, por mais “calhorda” que o homem público possa ser, e tem muitos por aí que o são, inclusive em atividade, ele sabe que tem responsabilidades. E o que se tem que discutir em uma campanha política majoritária são propostas e estudos centrados nas necessidades do cidadão para uma vida de qualidade dele. Não são questiúnculas pessoais que vão definir o voto, e sim qualidade de trabalho e conhecimento de onde se está pisando. Já afirmamos a reafirmamos, se dois dos candidatos têm a maior chance de uma disputa polarizada, pelo conhecimento que temos dos três candidatos, entendemos que um é melhor para Itaúna neste momento, pois conhece os meandros da administração pública e, mais que isso, conhece os meandros da política federal, estadual e municipal. No momento, depois de uma administração fechada e feita a bel prazer pelo atual alcaide, entendemos que precisamos de um político com trânsito em todas as esferas para buscar recursos e fazer o trabalho de relações públicas necessário para trazer recursos para o município e fazer as obras de infraestrutura necessárias, pois a cidade está crescendo, a população está aumentando e alternativas viárias precisam ser construídas.

Não somos mais uma cidade de 50 ou 60 mil habitantes, ultrapassamos os 100 mil e as necessidades não podem ser postergadas, e é preciso ser hábil. O candidato que quer “virar” a ferro e fogo as coisas, com a sua turma gritando nas ruas “vamos virar”, inicialmente precisa começar a pensar, para que nesses próximos 29 dias obtenha pelo menos a simpatia de uma parcela dos itaunenses, para que no futuro possa ser nosso representante em qualquer uma das instâncias políticas. Mas, com sinceridade, entendo que não deve ser desta vez, não é o momento. Temos um candidato mais bem preparado em se tratando de conhecimento da esfera pública e que conhece como a máquina pública funciona, é fato, e os candidatos, assim como o povo, sabem disso. E esta coisa de campanha agressiva e pessoal já passou, é coisa do passado. Não cabe mais hoje, em tempos modernos, uma campanha com ataques como os que foram feitos nesses últimos dias, e por pessoas com formação de berço da melhor qualidade, com formação educacional básica centrada no respeito e na religiosidade e formação superior adequada. O que temos que discutir é a cidade e expor propostas concretas. Esta coisa de abrir mão do salário, de vou fazer isso e construir aquilo, acaba é virando, lá na frente, falácias. 

Candidato bom é o que bate no peito e afirma que vai administrar para o povo fazendo e não prometendo. Candidato bom é o que recebe seus salários e faz o que tem que fazer, sem ficar condicionando uma coisa à outra e prometendo muito e atacando o outro. Bobagem, quem se garante apenas faz o que tem que fazer e não se esconde atrás de assessoria, seja ela qual for. Temos o nosso candidato nesta eleição, como já tivemos muitos outros. Acreditamos nele, no trabalho dele, na luta dele junto aos órgãos do Estado e da Federação, e, mais que isso, acreditamos que ele tem competência para montar um governo com pessoas capazes, profissionais da gestão pública e que podem transformar a cidade e prepará-la para um futuro profícuo. Não que o candidato que ataca e até mesmo faz “agressão” não seja capaz, pelo contrário, é muito preparado para gerir, mas os seus bens particulares, porque a gestão pública, no popular: é mais embaixo. É mais complexa, e tem uma coisa no meio que se chama política. E, para conviver no meio político, tem que ter uma coisa só: caráter, isso basta. Apesar do cidadão comum achar o contrário.