Atual administração derruba IDEB de Itaúna

Índice do município foi menor que a meta pela primeira vez desde 2007. Atual equipe pegou o índice em 7.4 e está entregando em 6.6

Atual administração derruba IDEB de Itaúna
Foto: Reprodução/ME/INEP


A cada dois anos é divulgado o IDEB – Índice de desenvolvimento da Educação Básica no Brasil. São avaliados os índices em três categorias, “anos iniciais” e “anos finais” do ensino fundamental e, ainda, o “ensino médio”. Na prática, os municípios são responsáveis pela rede pública de ensino dos “anos iniciais” e os estados assumem a responsabilidade pelos “anos finais” do ensino fundamental e também do ensino médio. Os municípios e a União também têm responsabilidades, porém o gerenciamento, por assim dizer, dessas divisões do ensino é como o informado. E as notas que os municípios recebem na avaliação do IDEB demonstram o comprometimento de cada administração (municipal ou estadual) no desenvolvimento do ensino. 

Itaúna, em relação ao ensino dos anos iniciais, que é da responsabilidade do município (administração municipal), vinha se destacando a cada divulgação do IDEB, justificando assim o conceito de “Cidade Educativa” que ostenta junto aos demais municípios mineiros. Tanto que, no ano anterior à posse do atual prefeito em seu primeiro mandato, Itaúna conseguiu se classificar com a terceira colocação dentre as 853 cidades mineiras. Porém, com a posse do atual prefeito, em seu primeiro mandato e neste segundo, algum fator aconteceu que derrubou a média positiva de Itaúna até alcançar a classificação abaixo da meta projetada para o período 2007-2021, o chamado primeiro ciclo do IDEB. Esse é um problema a ser debatido pelos candidatos à Prefeitura de Itaúna, que, assim, terão mais um problema a ser solucionado: retomar o viés de crescimento dos índices doo IDEB itaunense. 

Ao ficar abaixo da meta, Itaúna alcança destaque negativo pela primeira vez 

No primeiro ano da administração do atual prefeito, em 2017, no seu primeiro mandato, a meta para os anos iniciais do IDEB era de 6,6 e Itaúna alcançou 7,4, ainda em um reflexo do trabalho que vinha sendo desenvolvido na cidade desde 2005, sempre acima da meta. Na medição seguinte, em 2019, a meta de Itaúna era de 6,8 e a nota alcançada pelo município caiu para 7,3. Aí veio o recorde negativo na terceira medição, já no segundo mandato do atual prefeito: em 2021, a meta de Itaúna era de 7,0 e o município ficou com a nota 6,6, que foi repetida neste ano, demonstrando que o ensino municipal administrado pela Prefeitura regrediu. 

A afirmativa se firma no desenvolvimento das notas ao longo do período avaliado, de 2005 até 2023, para Itaúna, com as respectivas metas propostas no primeiro ciclo do IDEB, que engloba os anos de 2007-2021: em 2005, a nota de Itaúna foi de 5,1; em 2007, a meta era de 5,2 e a nota foi de 5,3, acima da meta desde a primeira medição do ciclo; em 2009, meta de 5,5 e nota de 6,2; para 2011 a meta era de 5,9 e a nota foi de 6,7; já em 2013, a meta era de 6,1 e a nota foi de 7,3;em 2015, meta de 6,3 e nota de 7,1; em 2017, meta de 6,6 e nota de 7,4; para 2019 a meta era de 6,8 e a nota de 7,3;em 2021, a meta era de 7,0 e ficamos abaixo dela, pela primeira vez: nota de 6,6. Essa nota foi repetida agora em 2023. 

A nota de Itaúna está bem próxima da média mineira, que foi de 6,3, o que não acontecia anteriormente, visto que Minas Gerais não apresenta bons resultados no IDEB no cômputo geral. Conforme analistas, essa queda acentuada nos resultados de Itaúna demonstra que os rumos da educação no município foram alterados para pior. “Itaúna, que sempre este acima da meta estabelecida, agora amarga um resultado inexpressivo, menor que boa parte dos municípios da região, sendo que antes éramos referência nesta questão”, apontou um professor ouvido pela reportagem sobre os números recentemente divulgados pelo Ministério da Educação.