Bandeira Vermelha, patamar 2, na conta de luz

Com alegação de que a estiagem aumenta o custo da energia, consumidor vai ter mais um aumento

Bandeira Vermelha, patamar 2, na conta de luz
Foto: Divulgação/CEMIG




Se no mês de setembro já pagamos mais caro, com as contas de energia sendo cobradas conforme a Bandeira Vermelha, patamar 1, preparem os bolsos, pois em outubro será mais caro ainda. A ANEEL – Agência nacional de Energia Elétrica liberou a cobrança do consumidor para este mês, com base na Bandeira Vermelha, patamar 2. Com isso, cada 100 quilowatts-hora (kWh) de consumo vai custar R$ 7,877 na sua fatura.

Conforme a ANEEL, o acionamento da Bandeira Vermelha no seu mais alto patamar (2) se deve ao que classificam como “risco hidrológico”, que é a baixa previsão de chuva para garantir os reservatórios geradores de energia hidroelétrica. Especialistas lembram que o Brasil não tem buscado a ampliação de fontes geradoras de energia como deveria. O país tem alto potencial de geração de energia solar e eólica.

Isso mesmo sendo o país altamente favorecido pela incidência de sol e de vento, o que poderia gerar a diversificação na produção de energia elétrica e diminuir a dependência da energia gerada a partir das usinas hidrelétricas. O país carece de planejamento e tem uma política muito voltada para um setor em detrimento de outros. No transporte, as rodovias prevalecem sobre trilhos e as hidrovias, por exemplo, mesmo o País oferecendo amplas condições de diversificação. No combustível, insiste na matriz do petróleo, mesmo já tendo demonstrado o sucesso alcançado na substituição pelo etanol. Falta iniciativa, ousadia, e sobra medo, falta de criatividade aos gestores país afora.