Biblioteca com mais livros que habitantes
Esta é a realidade do projeto “Li na Morada”, da cidade de Morada Nova de Minas, que sobrevive de doação e cuidados da comunidade

A professora universitária Mônica Thaís Mendes Ribeiro deu a partida no projeto que hoje recebe o reconhecimento e o cuidado dos moradores da cidade mineira de Morada Nova de Minas, situada nas margens da represa de Três Marias. Trata-se do projeto “Li na Morada”, que implantou uma “biblioteca a céu aberto” no município, utilizando geladeiras doadas pela comunidade que são utilizadas para acondicionar os livros. O “Li na Morada”, em quatro anos, alcançou a meta de ter um livro para morador. Mais que isso, ultrapassou esse número.
Morada Nova de Minas tem 9.067 habitantes, conforme os dados do último Censo do IBGE, e o projeto já conta com 10 mil livros. Portanto, em Morada Nova de Minas, a biblioteca que recebe o sugestivo nome de “Li na Morada” já tem mais livros que habitantes no município. E essa façanha foi registrada em reportagem publicada pelo site de notícias do grupo Globo, o G1 Centro-Oeste, no último dia 2 de fevereiro, domingo.
As geladeiras que abrigam os livros recebem o cuidado da população, que auxilia a organizadora do projeto a dar manutenção e a garantir que os livros estejam sempre à disposição dos leitores. Morada Nova é muito visitada por pescadores e, agora, atrai também leitores, que têm acesso aos livros do projeto. Uma ideia a ser replicada. Em Itaúna – Cidade Educativa do Mundo - já existe o projeto da “Gelateca”, inclusive, uma unidade está instalada na Rodoviária e é mantida pela Academia Itaunense de Letras, e a outra fica na Praça da Matriz, em frente à Banca de Revistas, porém sem o alcance e a repercussão do projeto de Morada Nova de Minas.