Comerciantes otimistas
Maioria dos entrevistados espera melhores vendas para a data neste ano

Faltando 15 dias para o segundo domingo de maio, quando se comemora o Dia das Mães, considerada a segunda data mais importantes para o comércio no ano, as expectativas dos comerciantes são bastante positivas. O Núcleo Pesquisa & Inteligência da Fecomércio MG realizou levantamento junto a seus associados e detectou que 79,3% dos entrevistados em Minas Gerais informaram que seus negócios são impactados pela data. E, desses, 46,4% esperam vendas melhores do que as do ano passado. Outros 32,4% afirmaram que a expectativa é que as vendas sejam no mesmo nível das de 2024. Apenas 19,6% dos entrevistados que se dizem impactados pelo período em seus negócios estão pessimistas e esperam vendas menores que as de 2024. E 1,6% não souberam responder a essa questão.
O Centro-Oeste de Minas mantém o mesmo nível de expectativas das demais regiões mineiras, com 75,61% dos entrevistados afirmando que seus negócios são impactados pelas vendas do Dia das Mães. Conforme a divulgação da Fecomércio MG, as expectativas deste ano estão bem melhores do que o que se observou em 2024. No ano passado, 31,3% apostaram em vendas melhores e, neste ano, o índice subiu para 46,4%. Já os que esperam piores vendas eram 9,5%; e neste ano os pessimistas são 19,6%.
Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG, ressalta que as expectativas para o Dia das Mães de 2025 são promissoras para o comércio varejista mineiro. “Este ano 78,8% dos empresários do comércio varejista de Minas Gerais esperam que as vendas do período que abrange o Dia das Mães sejam iguais ou melhores do que as do ano passado. Esse é um resultado muito positivo, visto que em 2024 já observamos boas vendas. Para aqueles que esperam as vendas melhores, o otimismo e a esperança, seguido do valor afetivo da data e o aquecimento do comércio são os motivos mais apontados. Em contrapartida, os empresários que esperam vendas piores este ano justificam essa expectativa devido à crise econômica, consumidor mais cauteloso, a baixa nas vendas do 1º trimestre e o valor alto dos produtos”, concluiu Gabriela.
Valores das compras devem ir de R$ 70 a R$ 200
A pesquisa apurou ainda uma série de questões relativas ao período, como as ações que os comerciantes pretendem desenvolver, para melhorar as vendas. 26,1% informaram que vão realizar liquidações/promoções para o período; 23% vão apostar no incremento da propaganda; outros 17,3% afirmam que vão investir no atendimento diferenciado. E há aqueles que apontam a visibilidade da loja como ação a melhorar as vendas. Mas há ainda os céticos: 8,1% disseram que não vão fazer quaisquer ações.
Também informaram sobre o período de aquecimento das vendas. Para 70,7% dos entrevistados, a semana que antecede o domingo do Dia das Mães é que vai concentrar as vendas. Já 19,3% preveem melhora no movimento dos negócios a partir do início do mês.
Para o pagamento das compras, 27,4% apostam no uso do cartão de crédito com parcelas; 25,2%, no cartão de crédito à vista; 18,4% apostam no pagamento via Pix; e 15,3% acreditam que o meio a ser usado será o cartão de débito. Mas há quem espera receber em dinheiro, que representa 6,2% das respostas; e outros 5,6% afirmam que o meio usado será o carnê/crediário. Cada entrevistado poderia apontar mais de uma opção.
Em relação aos valores de cada compra, 29,9% acreditam em valores de R$ 100,01 a R$ 200; 18,1% acreditam em R$ 70,01 a R$ 100; para 10,3%, os valores vão de R$ 50,01 a R$ 70. E 14% não soube responder a expectativa de gasto com os presentes às mães. Assim, a média de gastos ficará entre R$ 70 e R$ 200. Os entrevistados também responderam sobre o meio a ser usado para os negócios e 71,4% afirmaram que vendem pela internet, e outros 28,6% afirmaram não utilizar este meio.
Daqueles que vendem pela internet, 90,7% apostam nas redes sociais, via WhatsApp; e 48,8% utilizam mais o Instagram. Também nesta pergunta os entrevistados puderam apontar mais de uma opção. As demais redes, assim como os sites, foram citadas, porém em números bem menores. E a aposta por setor é a seguinte: os comércios de tecidos e vestuários apontam em 59,6% nas roupas como opção; os calçados ficam em segundo lugar, com 19,1%.
Para o setor farmacêutico, as apostas de 69,4% dos entrevistados são os perfumes e 19,4% apontaram as cestas de presentes. Já o setor de supermercados aposta que 23,2% das vendas serão de carnes e 14,3% de utensílios domésticos.
O levantamento foi realizado entre os dias 1º e 10 de abril, junto a 405 empresas, sendo pelo menos 38 entrevistas em cada região do estado. A amostra tem margem de erro de 5% e intervalo de confiança de 95%.