Dívida da Prefeitura aumentou R$ 3 milhões em um mês
Relatório da dívida com empréstimos da Prefeitura subiu de R$ 55,9 milhões para R$ 59 milhões entre outubro e novembro
Conforme a FOLHA tem informado, a dívida da Prefeitura de Itaúna com empréstimos contraídos é bastante alta comparada ao orçamento anual do Município. Se as despesas previstas para o Município para o ano de 2025 chega a R$ 685 milhões, a dívida contraída em empréstimos a serem pagos nos próximos anos, até por volta de 2033, é de R$ 59 milhões, conforme relatório publicado no dia 24 de dezembro, no Jornal Oficial do Município de Itaúna – JOMI.
Note-se que, entre os meses de outubro a novembro deste ano, o montante dessa dívida subiu nada menos do que R$ 3.087.588,15. O valor total em outubro era de R$ 55,9 milhões e agora aumentou para R$ 59.002.187,67, com expectativa de que passe de R$ 60 milhões, quando for publicado o relatório referente ao mês de dezembro.
Desse total, mais de R$ 21 milhões de dívidas foram contraídas a partir de 2020 para a realização de obras de asfaltamento em ruas da cidade. Também para obras de iluminação pública, que já conta com repasse de recursos arrecadados com a taxa de iluminação pública, o volume de empréstimos foi expressivo nos mandatos do atual prefeito.
Além dessas dívidas com empréstimos, conforme apurou a reportagem, técnicos da Prefeitura e políticos itaunenses estão assustados com dívidas a serem pagas “em curto prazo”, como restos a pagar, que podem ser deixados no acerto de contas. Além dos empréstimos a serem pagos nos próximos três mandatos, existem dívidas que devem ser quitadas em menor prazo. Somente com repasses já acertados com o IMP, serão necessários no mandato que se inicia em 1º de janeiro mais de R$ 16 milhões.
As dívidas de curto prazo, como restos a pagar, porém, é que deixam o alerta para a próxima administração. Isso porque para a quitação desses compromissos poderá ser necessário usar dinheiro a ser arrecadado no próximo ano. “Se você entra em um mandato com uma dívida a ser paga, sem que tenha previsão de arrecadação já definida, a situação se complica. Imagine, por exemplo, um trabalhador que ganha R$ 3 mil mensais já iniciar o mês devendo R$ 500 extras? Ele vai contar com menos dinheiro para quitar os compromissos de um orçamento planejado com R$ 3 mil. É um problemão. E assim acontece com a dívida do Município, quando ficam restos a pagar”, disse um especialista em contabilidade pública à reportagem. E a expectativa de muita gente é de que fique uma dívida representativa, inscrita na rubrica restos a pagar, para a próxima administração.