Gláucia reafirma sua pré-candidatura a prefeita

Atual vice falou ainda do seu relacionamento com o atual prefeito e da possibilidade de assumir uma cadeira no Congresso Nacional

Gláucia reafirma sua pré-candidatura a prefeita


A vice-prefeita de Itaúna, Gláucia Santiago, em entrevista exclusiva à FOLHA, na manhã da quinta-feira, dia 6, reafirmou a sua pré-candidatura a prefeita e comentou sobre outros temas do momento político de Itaúna, e ainda sobre o seu possível futuro caso tenha que assumir uma cadeira na Câmara de Deputados. Gláucia é a primeira suplente do PL e afirmou à FOLHA que conta com o apoio total da representação partidária em níveis nacional, estadual e local. “Tenho o apoio do PL em Brasília, inclusive com o ex-presidente Bolsonaro, em Minas, com o Domingos Sávio e o Nikolas, e em Itaúna eu sou a presidente do partido, que tem, ainda, pessoas da minha amizade e inteira confiança no diretório”. Confira conosco o que foi tratado neste bate-papo com Gláucia Santiago:
FOLHA – Sabemos que você enfrenta problemas de relacionamento com o prefeito Neider Moreira, que ficaram mais visíveis nos últimos tempos. Mas é importante saber se esses problemas surgiram agora ou vêm ao longo do mandato, inclusive, se são em função de compromissos não cumpridos pelo atual prefeito.
Gláucia Santiago – Desde o começo, eu pedi muito ao Neider que eu participasse e várias vezes ele disse que a agenda estava à disposição. Mas nunca me chamou pra nada. Ele nunca me chamou para uma reunião, ele nunca me pediu uma opinião, de quem contratar, de quem não contratar, por exemplo. Tive algumas reuniões com ele e falei que não concordava com a ViaSul (repasse de dinheiro para a empresa), falei das amolações que estávamos tendo na Regulação Urbana e na época até propus mudanças na secretaria, indicando nomes de pessoas que entendiam do assunto. Queria fazer o Governo Itinerante. Arrumei R$ 500 mil para a creche (na região da Várzea da Olaria) e na segunda-feira vou anunciar mais R$ 1,5 milhão. E nada disso, que eu dava opinião ou que eu pedia para que fosse feito, foi ouvido, durante esses três anos. FOLHA – Diante desta alegada falta de compromisso, nos últimos meses é sabido que vocês chegaram a um atrito mais visível, mais sério. O que forçou isso? Você perdeu a paciência? Gláucia – Não. Pela primeira vez, eu acho, nesses três anos e meio, ele me chamou para uma reunião. E nessa reunião eu chamei várias pessoas do PL que querem ter a oportunidade de serem pré-candidatos. Chamei o pastor Gil, o Rosse, estava o Fares e outras pessoas, e ele queria que eu abrisse mão do PL, que eu não fosse candidata e que o candidato do PL fosse o Maurício Nazaré, junto com o partido dele. Como eu não aceitei, ele disse que não me apoiaria pra nada e que, se eu fosse candidata, ele iria pra casa comer um churrasco. FOLHA – Então você é pré-candidata a prefeita? Gláucia – Eu sou pré-candidata do PL. E tenho o apoio hoje de todo o PL federal e estadual. E do municipal também. FOLHA – A partir disso, você já está trabalhando a questão da escolha do vice, da chapa de vereadores? E, além do PL, você tem outros partidos, outras lideranças te dando apoio? Gláucia – Tenho. Tem até um vereador me chamando para fazer uma união. E tem gente falando que quer uma mulher, porque eu não tive a oportunidade de mostrar a força da mulher neste cargo que estou agora. Eu acho que a mulher tem o que mostrar. Eu não cheguei até onde estou à toa, não. Quando eu parar com a política, quero sair mostrando que a mulher tem força, que a mulher é capaz. FOLHA – É sabido que você é a primeira suplente do PL e, por duas ou três vezes, você chegou a dizer que tem chances de assumir o cargo (de deputada federal) nos próximos dois anos. Como que está esta situação? Gláucia – Os candidatos do PL que são deputados federais e vão tentar uma prefeitura eram a Rosângela Reis e o cabo Júnio Amaral. A Rosângela retirou a candidatura e o cabo Júnio é o pré-candidato à prefeitura (em Contagem). Eu tive uma reunião com ele esta semana e ele está vendo uma grande possibilidade de vitória. Na última pesquisa dele, ele subiu muito. E o Bolsonaro, a Michele e o Nikolas vão entrar firmes na campanha dele. Caso isso aconteça (eleição do cabo Júnio), eu irei para Brasília. Mas isso não impede que o PL lance um candidato, pois nós temos vários pré-candidatos, muito bons, no PL. Nós temos o pastor Gil, o Rosse, o meu irmão, Beto, o médico Vinícius, o empresário Silésio, dentre outros. São pessoas que têm vontade de participar da política e que representariam muito bem o PL em Itaúna. FOLHA – Como candidatos a prefeito ou a vice? Gláucia – Eu só não serei candidata se tiver a certeza de estar em Brasília. Se eu não tiver a certeza de ficar os dois últimos anos (do mandato de deputada federal), eu sou candidata à prefeitura, aí qualquer um deles podem ser vice e/ou candidato a prefeito. FOLHA – Isso já está colocado em nível estadual e federal, nesta situação? Gláucia – Já está tudo conversado com o Domingos Sávio, com o Waldemar (da Costa Neto, presidente nacional do partido) e com pessoas amigas minhas dentro do partido. Tive reunião com o Nikolas, com o Bolsonaro e o meu sonho é trazer a Michele em Itaúna. FOLHA – Você, decidida a candidatura, vai contar com a direita em Itaúna? Gláucia – Acredito que sim. Na minha candidatura de deputada, eu tive a infelicidade de colocar o “rosa” (cor). Coloquei o rosa, para valorizar a mulher, não porque eu não era de direita, porque a direita defende Itaúna, a família e o Brasil. E ninguém pode falar que eu não defendo Itaúna, a família e o Brasil. FOLHA – Caso você não seja candidata, assumindo um cargo em Brasília, como você enxerga a política em Itaúna neste momento? Gláucia – A eleição, hoje, eu acho que os dois primeiros na pesquisa seriam o meu e o do Gustavo Mitre. Então eu acho que a eleição hoje estaria entre nós dois. Eu acho que os outros candidatos não têm uma história política, não têm uma vida política, porque a política não nasce de um dia para o outro. A política é vivida, como eu vivi a política com meu pai, quando o acompanhei em todas as campanhas dele, e vivi como vereadora, e estou até hoje na política como vice-prefeita... Conheço bem Itaúna e o seu povo e as suas necessidades, só não tive a oportunidade de fazer. Não deixaram.