Governo anuncia investimento na prevenção das arboviroses

Combate à dengue, zika, chikungunnya, febre amarela e febre oropouche vai contar com recursos da ordem de R$ 163 milhões

Governo anuncia investimento na prevenção das arboviroses
Foto: Divulgação/SES-MG/Rafael Mendes


O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Bacceretti falou à imprensa na quarta-feira, 7, quando anunciou ações da sua pasta, no combate e prevenção de arboviroses (dengue, zika, chikungunnya, febre amarela e febre oropouche). Essas doenças são transmitidas por dois tipos de mosquitos, o Aedes aegypti e, no caso da Febre Oropouche, doença que foi diagnosticada pela primeira vez em Minas Gerais, em 2024, pelo Mosquito Pólvora (conhecido como Maruim).

O secretário lembrou que estamos nos aproximando do período de chuvas e calor intenso, que é o ambiente propício para a proliferação dos mosquitos citados. E para que os municípios mineiros “se preparem para o próximo período sazonal das arboviroses, que vai de novembro a maio, o Governo de Minas vai investir R$163 milhões em recursos estaduais para as ações de enfrentamento a essas doenças”, disse Fábio Baccheretti.

“Estamos em agosto, mas temos mosquitos e vírus circulando no estado e precisamos estar preparados antes do período chuvoso. Vivemos, em 2024, o pior ano da nossa história de casos arboviroses, com mais de 1,6 milhão de casos. Não podemos esquecer que os ovos do Aedes estão depositados em diversos locais e, logo, logo já volta a chover. Então, cada cidadão mineiro precisa fazer sua parte e limpar os reservatórios passíveis de ter água parada, como pratos de plantas, calhas e ralos, para quando chegar a chuva não ter nenhum ovo ali próximo de eclodir”, alertou o secretário. 

Em relação à febre oropouche, Baccheretti disse que “é uma doença causada por outro mosquito, o Maruim, e que está nos planos de contingência, porque já temos mais de cem casos confirmados em Minas. Esse transmissor tem vínculo com locais com acúmulo de matéria orgânica, folhas ou bananeiras. Então precisamos redobrar os cuidados”, disse. Conforme as explicações do secretário, será investido, R$120 milhões para que os municípios planejem as ações de acordo com cada território, sendo R$90 milhões pagos ainda em 2024 e os outros R$30 milhões nos primeiros meses de 2025.

Conforme a assessoria da SES-MG, os recursos poderão ser utilizados ainda no enfrentamento às doenças transmissíveis agudas causadas por vírus respiratórios, que também são caracterizadas como emergência em saúde pública. Outros R$28 milhões serão destinados para que os consórcios intermunicipais de saúde contratem serviços complementares de Ultrabaixo Volume (fumacê), estratégia de combate ao vetor das arboviroses. Além disso, serão destinados R$15 milhões para a continuidade dos trabalhos dos drones, estratégia inovadora que pretende mapear locais com água parada.

Itaúna registrou três mortes por dengue

No ano de 2024 foram confirmados  5.355 casos da doença no município

Conforme apurado pela reportagem da FOLHA, foram registrados três casos de morte por dengue em Itaúna, em 2024. Conforme o quadro a que o jornal teve acesso, a letalidade pela doença, na categoria de casos graves ou com sinais de alarme, foi de 50%. No total, foram registrados seis casos nesta categoria, sendo que ocorreram três óbitos. Também foi informado que as mortes ocorreram em pessoas nas faixas etárias de 70 a 79 anos; 50 a 59 anos; e 40 a 49 anos; com um morte para cada faixa.

Outra informação que pode ser obtida no quatro postado na página da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) é que o índice de confirmação dos casos levantados como prováveis, de ocorrência de dengue, foi de 94,35%. Dos 5.335 casos registrados como prováveis, 5.043 foram confirmados. Assim, detecta-se que o índice de confirmação de casos foi bastante alto. 

Com a ação do Governo do Estado, de atuar na prevenção das arboviroses, conforme divulgado pela SES-MG, inclusive com investimento de mais de R$ 160 milhões, com boa parte destes recursos liberados ainda neste ano, é preciso que a Prefeitura de Itaúna atue com eficácia. Além do trabalho de alerta que é feito à população, para que mantenha o combate aos focos do Aedes aegypti, que se prolifera na água parada, agora também é necessário combater fontes de acúmulo de material orgânico, que é o ambiente do Maruim, causador da febre oropouche.

A Prefeitura precisa ser muito proativa no combate a esses mosquitos, pois vai ter recurso financeiro e não pode se acomodar em avisos à população, apenas, alertam especialistas. Além de a população atuar, mantendo limpos os quintais, a Prefeitura também precisa de ser mais ativa neste combate.