INVESTIMENTOS - ANTT autoriza Cedro a construir Ramal Ferroviário Serra Azul

Projeto de R$ 1,5 bilhão liga Itaúna a São Joaquim de Bicas e promete beneficiar a cadeia produtiva de minério de ferro na região

INVESTIMENTOS - ANTT autoriza Cedro a construir Ramal Ferroviário Serra Azul




A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou a Cedro Participações a construir um ramal ferroviário de aproximadamente 30 km entre Itaúna e São Joaquim de Bicas. 

A construção da linha é uma decisão importante para a logística de transportes em Minas Gerais, já que tem o potencial de reduzir o tráfego diário de cerca de 5 mil caminhões na BR-381, uma das rodovias mais perigosas do Brasil. Além disso, a ferrovia promete diminuir os custos logísticos, beneficiando a cadeia produtiva de minério de ferro da região de Serra Azul.

A autorização para o ramal foi publicada no Diário Oficial da União, no último dia 1º, sinalizando que o projeto está autorizado a prosseguir. No entanto, a MRS Logística briga pela construção do ramal e alega que não lhe foi dado, dentro dos prazos legais, o direito de preferência pela construção da ferrovia e ainda que  haveria incompatibilidade no projeto da Cedro com a atual ferrovia. 

O relator do processo na ANTT, diretor Lucas Asfor, à Superintendência de Transporte Ferroviário, apontou que a MRS teve o prazo para exercer o direito de preferência entre junho e julho, e não se manifestou. E, ainda, que não há demonstração de inviabilidade locacional para a ferrovia autorizada. Por isso, segundo ele, não haveria motivo para não aprovar o requerimento porque ele cumpre todos os requisitos..

 

Sobre o projeto

 

O ramal ferroviário, com 26 km de extensão, fará o trajeto entre Mateus Leme e São Joaquim de Bicas e se conecta à linha principal na Malha Regional Sudeste, no caminho até o Rio de Janeiro, para exportação do minério de ferro. Conforme divulgado, o investimento estimado para o projeto é de R$ 1,5 bilhão.

Segundo a Cedro, o ramal terá capacidade de transportar 25 milhões de toneladas por ano, utilizando cinco trens compostos por até 132 vagões cada. A previsão é de que cada trem retirará das estradas o equivalente a 570 caminhões carregados de minério de ferro.

Além disso, a construção prevê a geração de milhares de empregos diretos e indiretos, fortalecendo a economia local. O impacto na cadeia produtiva do minério de ferro também será positivo, com a redução de custos de transporte e a melhora da eficiência logística, ajudando na competitividade do setor no mercado internacional.