Itaúna já gerou mais de mil empregos neste ano

Setor da construção civil, apesar dos problemas junto à Prefeitura, continua à frente de outros setores

Itaúna já gerou mais de  mil empregos neste ano
Foto: Reprodução/novo CAGED




Com os números do mês de abril informados pelo CAGED, Itaúna ultrapassa mil empregos gerados neste ano em quatro meses. Já são 1.068 no total, descontando o saldo negativo, de 13 demissões, de janeiro. Por mês, os números do município foram os seguintes: janeiro, -13; fevereiro, 97; março, 592; e, agora, abril, com 392. E mais uma vez o setor da construção civil se destacou com a geração do maior número de novos empregos com carteira assinada, apesar de reclamações de empresários e trabalhadores da área, em relação ao relacionamento com a Prefeitura, que tem usado o critério, sem discussão, de embargar obras em andamento. Segundo informações extraoficiais, nesse momento, são mais de 50 obras, entre prédios, casas e galpões, embargados, nos últimos 15 dias. O setor da construção civil gerou 387 novas vagas. Em segunda posição, com 26 novos empregos, está a área da indústria; seguida em terceiro lugar pelo setor de serviços, com 20 novas vagas criadas. O quarto colocado neste ranking passou o mês de abril zerado, não criando empregos nem demitindo: o setor agropecuário. E na última colocação, com 41 demissões, está o setor do comércio. 

Itaúna mantém, em dados atualizados, 31.801 pessoas trabalhando com carteira assinada. Outros dados apurados no relatório publicado pelo CAGED apontam que a maioria das vagas criadas continuam sendo direcionadas aos homens: 348, sendo apenas 44 para mulheres. A maioria dos trabalhadores contratados possuem ensino médio completo: 253, com 72 deles registrando o ensino fundamental incompleto, vindo em seguida. Outros 48 contratados possuem ensino médio incompleto, 13 têm o ensino fundamental completo e sete são analfabetos. Apenas dois trabalhadores contratados possuem ensino superior incompleto e um com ensino superior completo, foi demitido, em contrapartida. 

Isso explica, por exemplo, que a renda média dos trabalhadores itaunenses seja inferior à renda média dos trabalhadores mineiros, no geral. Conforme o site especializado Caravela.info, a renda média do trabalhador itaunense, em maio, era de R$ 2,7 mil. Ainda segundo a mesma fonte, no estado a renda média do trabalhador é de R$ 2,9 mil. 

Prefeitura destaca posição do município 

Em publicação oficial da Prefeitura, o destaque é para a 13ª posição alcançada por Itaúna em Minas Gerais na geração de novas vagas. Também informa que o município é o 127º neste ranking, no Brasil. O prefeito, ao contrário do que os números reais mostram, afirma conforme o texto oficial, que “uma cidade bem-preparada como a nossa está, atualmente, demonstra uma economia forte, a atração de empresas e consequente geração de empregos”. E fala ainda, sobre a situação que ele apresenta sobre o município, que isso “vai convergir também para aumento da renda do cidadão e potencial consumo dos bens e serviços aqui produzidos”. Não cita, porém, qualquer proposta para melhoria nas condições de relacionamento da indústria da construção com a Prefeitura e não aborda o fato de a renda média do itaunense ser menor do que a do estado.