Itaúna pode ter primeira ferrovia de curta distância do Brasil

Grupo Cedro informa construção de ramal ligando a cidade a portos do Rio e São Paulo

Itaúna pode ter primeira ferrovia de curta distância do Brasil
Foto: Banco de Imagens MRS/ MG1/Andaime MG




Como adiantou o site da FOLHA (www.folhapovoitauna.com.br/grupo-cedro-vai-construir-ferrovia-ligando-itauna-a-portos-do-rio-e-sao-paulo) no início da semana, o Grupo Cedro Participações, por meio do seu setor de mineração, pretende construir a primeira ferrovia de curta distância no Brasil. Conhecida nos Estados Unidos como short line (linha curta), a linha férrea projetada liga os municípios de Itaúna e São Joaquim de Bicas, passando por Itatiaiuçu à malha ferroviária da MRS Logística, que integra a região Sudeste, dando acesso aos principais portos do País.

A ferrovia terá 32,4 km de extensão, com investimento inicial de R$ 1,8 bilhão, isso sem incluir os investimentos a serem feitos em locomotivas e vagões. Para o setor da mineração, o investimento vai permitir a redução de CO2, com a substituição de cerca de 2,5 mil carretas que transitam pelas estradas da região, no transporte de minério de ferro para o setor guseiro, de grande importância para a região.

Congresso derruba vetos de Bolsonaro e investimentos da VLI podem beneficiar Itaúna

Nesta semana, os deputados votaram e derrubaram os vetos apresentados pelo ex-presidente Bolsonaro à lei conhecida como Marco Legal das Ferrovias, aprovada em 2021. Com isso, Minas Gerais será beneficiada com parte representativa dos recursos da ordem de R$ 13,8 bilhões referentes à renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), administrada pela VLI. Esse valor será dividido proporcionalmente à extensão da malha ferroviária da FCA em cada um dos estados em que atua: Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, por onde passa a maior parte da malha utilizada pela empresa.

Assim Minas Gerais pode receber R$ 5 bilhões desses recursos. A prorrogação da concessão vale por mais 30 anos, a partir de 2026, quando se encerra o contrato atual. Com isso, pode sair do projeto a retirada da linha férrea do centro de Itaúna. Com a derrubada dos vetos do ex-presidente, finalmente o Estado poderá dar encaminhamento aos vários projetos que estão paralisados, à espera de recursos, no setor de transporte ferroviário.