Justiça aprova pedido de recuperação judicial do grupo

Justiça aprova pedido de recuperação judicial do grupo
Foto: Arquivo/FOLHA


O Grupo Coteminas, que atua na área têxtil e é o dono da Companhia Tecidos Santanense – a mais antiga e tradicional indústria de Itaúna –, anunciou que a Justiça atendeu positivamente ao seu pedido de recuperação judicial. Com isso, o Grupo Coteminas terá 60 dias para apresentar o plano de recuperação. Com a decisão, as execuções – cobranças de dívidas – contra o grupo ficarão suspensas por 180 dias. Conforme analistas, seguramente a ação interferirá na negociação da venda da Santanense que vinha sendo anunciada para acontecer em breve. O Grupo Coteminas tem prazo de até 150 dias para realizar a assembleia de credores, contados a partir da quarta-feira, dia 8, que foi a data do anúncio da decisão da justiça pela recuperação judicial. 

O atendimento ao pedido da empresa permite, na prática, que a empresa continue funcionando e que as dívidas sejam paralisadas – entrem em espera para ser cobradas – por um prazo de 180 dias. Dessa forma, a beneficiária do pedido de recuperação pode continuar funcionando. As prioridades financeiras da empresa passam a ser o pagamento dos salários dos empregados, tributos e os custos necessários ao funcionamento, como fornecimento de energia, água e outros. 

A empresa, que pertence ao empresário Josué Gomes da Silva, presidente atual da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), vem enfrentando problemas econômicos desde o período da pandemia de covid. Recentemente a Coteminas firmou parceria com a Shein, que fez um empréstimo ao grupo brasileiro. Nas últimas semanas, várias informações circularam em Itaúna de que a Cia. Tecidos Santanense estava em vias de ser negociada com um grupo paulista. Agora, com a recuperação judicial da Coteminas aprovada, essa negociação deve ser afetada e não acontecer com a brevidade que se esperava, conforme especialistas em mercado.