Legislativo aluga carro a R$ 6.287,50 por mês

Políticos locais entraram em contato com a redação para questionar a contratação de um veículo de passeio, pela Câmara, no valor total de R$ 75.450,00. Conforme o questionamento, na edição de número 200 do Jornal Oficial da Câmara Municipal de Itaúna, datada de 4 de abril de 2025, foi publicado o extrato de um contrato de número 02/2025. O documento informa que foi feita a “contratação de locação de veículo tipo passeio, para atendimento às atividades do Poder Legislativo”. A licitação foi vencida pela empresa Facility Locações Ltda., e tem o valor total acima mencionado.

Conforme os críticos, o custo mensal da locação do veículo é de R$ 6.287,50, e o veículo alugado seria um Toyota Corolla, conforme especificações do processo, “ano 2024 ou zero km”. Em questionamento feito pela empresa à Câmara, é citado o Toyota Corolla, apesar de este modelo não estar especificado no edital do processo. Em rápida pesquisa feita na internet, a empresa “Kinto”, que oferece veículos da marca Toyota para “assinatura”, um novo tipo de locação, tem o veículo Corolla XEI 2.0 novo, “Pintura Metálica - Prata Supernova”, oferecido pelo valor mensal de R$ 4.589,96. Ou seja, por um total anual de R$ 55.079,52. Isso dá uma diferença de quase 30% no valor total (R$ 20.370,48 de economia ao final de 12 meses).

Corolla é necessidade da Câmara de Itaúna?

Além da questão de encontrarem carro do mesmo tipo por quase 30% mais barato, em rápida pesquisa de preços na internet, os críticos que procuraram a reportagem fazem a seguinte pergunta: a Câmara de Itaúna, que já tem quatro veículos em muito bom estado, para servir os vereadores e a presidência da Casa tem necessidade de alugar um Toyota Corolla para as suas atividades? Não seria isso uma ostentação? Fica a pergunta para ser respondida pelos responsáveis.

O fato é que o Legislativo itaunense já tem outros veículos locados para atender às suas atividades legislativas e, agora, parece que está contratando um carro de luxo, provavelmente, para atender à direção da Casa. Resta saber se esse gasto é realmente necessário ou se trata, como apontam os críticos, de uma ostentação desnecessária.