Mais que planejamento, é preciso comunicação, explicação e publicidade

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Mais uma vez, a semana foi marcada por críticas de todas as maneiras à administração do Senhor Neider Moreira. Desta feita, a questão é novamente o trânsito e tem como foco principal as “mexidas” no entorno do galpão que abriga o novo Supermercados BH, na esquina das avenidas JK e Albino Santos, no cruzamento com a linha férrea. 

Primeiramente é preciso observar que a “mexida” já se fazia necessária, pois o volume de tráfego nas Avenidas que se encontram na travessia da linha aumentou consideravelmente nos últimos anos com a expansão da cidade, com a criação de novos bairros naquele lado da cidade. A fluxo bairro-Centro e vice e versa é grande, e naturalmente a cidade cresce, a população aumenta e quer moradia, transporte coletivo urbano, e consecutivamente avenidas e ruas em condições de tráfego para maior acesso ao trabalho, escola dos filhos, dentre outros...

Estivemos no local ontem e observamos que a solução encontrada pelo setor de trânsito da prefeitura não é das piores, apesar de que alternativas poderiam ter sido estudadas. Não sou entendedor de trânsito, pois não tenho formação na área, então não posso dar palpite com afirmativas contundentes como muitos estão fazendo nas redes sociais. E é preciso ter conhecimento de engenharia de trânsito, estudar o fluxo, suas nuances e suas consequências, se não for feito nada ou se forem feitos ajustes. As críticas por questões pessoais e/ou políticas não podem ser levadas em consideração, pois, além de tendenciosas, podem provocar distorções. E é preciso observar que toda modificação e/ou adequação acaba por trazer surpresas e reações diversas, pois acaba melhorando para alguns e piorando para outros. Assim, o saldo é o que importa. No caso das “mexidas” na Av. JK, entendemos, pelo que observemos, que o saldo é positivo, pois, além do fluxo, é necessário observar a questão do acesso de veículos leves ao Supermercados BH, que tende a ser muito superior ao de caminhões e/ou veículos maiores, e, como alegam os críticos de plantão, seriam prejudicados e não conseguiriam contornar em determinados trechos pré-estabelecidos. 

Concordamos com determinadas críticas ao setor de trânsitos devido as muitas “mexidas” em toda a cidade, seja na modificação do fluxo do tráfego em determinadas avenidas e ruas, ou na sinalização visando vagas especiais e para carga e descarga, dentre outras. Entendemos que a questão dos “pardais” é um exagero, não havia necessidade da instalação e a visão, penso, foi mesmo a de faturar, e, em alguns locais, como próximo ao hospital, entendo ser um contrassenso, mas...

E ainda um tema muito debatido e publicado por nós com cobranças constantes é o que envolve o transporte urbano e suas nuances nada consideráveis. Apesar das discussões, “tudo continua como dantes no quartel de Abrantes”. A empresa não recebeu (pelo menos ainda), os usuários continuam tendo de “engolir” os serviços de péssima qualidade e continuam também no sol e depois vão estar na chuva, nas calçadas centrais fazendo filas e literalmente empurrando uns aos outros para “pegar” o ônibus depois de trabalhar um dia inteiro. O Departamento de Trânsito não moveu uma palha sequer para tentar melhorar os serviços, não impôs nada à empresa e o usuário continua pagando o preço da incompetência e do descaso. Em nossa opinião, é um absurdo a questão transporte urbano e o próximo prefeito, seja ele quem for, terá que resolver a situação, digamos, caótica em que se transformou a situação. 

Mas, voltando ao trânsito urbano, além da situação no cruzamento das avenidas JK, Albino Santos e João Moreira de Carvalho, que acaba de ter o fluxo de veículo modificado em função da inauguração do Supermercados BH, outros pontos confusos necessitam de atenção do setor de trânsito e de um estudo mais minucioso para a melhoria da situação. O mais complicado e que já repetimos por diversas vezes que precisa ser solucionado, inclusive, com a colaboração de quem provoca a situação, é na área do Colégio Sant’Ana, que provoca confusão nos quarteirões adjacentes em três horários de pico: manhã, meio do dia e à tardinha. Um absurdo, os pais de alunos parecem “donos das ruas”. É preciso agir e rápido. E, no caso ali, não melhoram a situação porque não querem e porque a direção da escola não colabora. As opções são várias e aparentemente simples. Basta querer.

Enfim! A questão trânsito em nossa Barranqueira Itaúna fica cada vez pior devido ao grande volume de veículos e porque os estudos do setor de trânsito, muitas vezes, penso eu, esbarram em interesses comerciais de quem acha que manda na cidade. Em nossa opinião, a situação urge solução no sentido de que o fluxo se torne viável para todos e que os riscos de acidentes sejam levados a um patamar mínimo. Do jeito que está é que não pode continuar. 

Quanto à polêmica da semana, na região da Avenida JK, no cruzamento da linha e nos acessos aos bairros Garcias, Santanense, Parque Jardim, Itaunense e São Bento, entendemos que os sinais luminosos recém-colocados estão corretos e as intervenções feitas também. As críticas feitas no decorrer da semana são necessárias para chamar a atenção e levantar a discussão, mas é preciso observar que, mesmo fazendo muita coisa, em nossa opinião, sem pensar e que acaba complicando mais que solucionando, o setor de trânsito está tentando corrigir, facilitar para todos e principalmente acertar.

A intolerância não vai resolver nada. Então só há uma maneira de finalizar, incluindo aí os engenheiros de trânsito da Prefeitura (se é que tem algum), os técnicos responsáveis pelo setor de trânsito, os críticos, os usuários e o mandatários, aqueles que têm a caneta, por enquanto, nas mãos, o Senhor Neider Moreira é o principal deles, pois é o comandante, assim, tem que dar as ordens para que os estudos e a implementação do trânsito urbano sejam prioridade em toda a extensão do município, de forma a beneficiar, principalmente, o usuário do transporte público, o pedestre e depois o motorista comum, aquele que usa o carro para ir trabalhar ou como instrumento de trabalho. 

Finalizando: dinheiro tem, e muito, no setor de trânsito, afinal, a arrecadação com o IPVA, com as multas e mais os remanejamentos é mais que suficiente para que tenhamos um trânsito como o das cidades do primeiro mundo. Pois é!

Por: Renilton Pacheco