NO MEIO DO CAMINHO TINHA UMA PEDRA...

Que vai ser trocada por bloquete e gerar economia de R$ 800 mil!

NO MEIO DO CAMINHO  TINHA UMA PEDRA...
Foto: Reprodução/PMI

Drummond não sabia da obra de calçamento do acesso ao Alto do Morro do Bonfim, em Itaúna, quando escreveu o poema, mas poderia ter se inspirado nela, a obra, para redigir a obra poética. Afinal, “uma pedra no meio do caminho”, no sentido figurativo, pode significar muitas coisas, inclusive, o descaso com o dinheiro público. Será? No final da administração passada, foi divulgada a obra de calçamento da estrada do Morro do Bonfim, que custaria pouco mais de R$ 2,6 milhões, e que seria utilizado paralelepípedos em toda a sua extensão. Aí, o atual secretário de Infraestrutura, Alexandro Moks, foi ao local esta semana e detectou que o material a ser usado não era apropriado para o lugar, até porque causaria deslizamento de carros, motos, bicicletas (e até de pessoas), que tentassem subir pela via pós-pavimentação em trechos mais íngremes. Então ele e o prefeito Mitre resolveram trocar nesses pontos os paralelepípedos por bloquetes (pavimento intertravado de concreto). E, com a troca, está prevista a economia de R$ 800 mil. Isto mesmo, redução no valor final de 30% do anunciado anteriormente. Esse é o tamanho da “pedra no caminho”: R$ 800 mil! Como diria aquele apresentador da tevê: “Ô louco, meu!”. Faltou experiência, conhecimento técnico...? Que tal os vereadores que iniciaram a legislatura com desejo de trabalhar muito (risos) realizarem uma fiscalização aprofundada no caso? Afinal, fiscalizar é função anterior à solicitação de realização de serviços... mesmo que exija mais trabalho, interesse e inteligência. Mas vereança é para isto, não é? Legislar e fiscalizar, não necessariamente nesta ordem, mas sempre colocando as duas palavras em primeiro lugar na fila das atribuições.