Novo PAC destina R$ 171 bi para Minas Gerais

Novo PAC destina R$ 171 bi para Minas Gerais
A cada chuva mais forte, a Avenida Jove Soares é tomada pela enxurrada, à espera de recursos para a realização de uma obra que dê fim ao problema. Enquanto isso, o novo PAC deve despejar R$ 171 bilhões em Minas Gerais




O Governo Federal anunciou a nova versão do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, que deve investir R$ 1,68 trilhão no País. Minas Gerais ficou com a terceira maior fatia desses investimentos, com R$ 171,9 bilhões destes recursos, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro, que terá a maior fatia (R$ 342,6 bilhões), e São Paulo (179,6 bilhões). Dentre as principais obras anunciadas para o Estado estão as viárias, como a duplicação da BR-381, de Governador Valadares a Belo Horizonte e as concessões de rodovias como a BR-262 e a BR-040, além de investimentos no programa Minha Casa, Minha Vida.

Na região Centro-Oeste a mídia regional já informou investimentos que devem acontecer em Divinópolis, com destaque para obras no aeroporto local, programas de moradia e na área da educação, além do programa de urbanização de favelas em pelo menos três frentes, naquele município. Enquanto isso, nenhuma novidade relacionada a Itaúna. O município enfrenta problemas de moradia, assim como de infraestrutura viária, principalmente. Na relação de obras citadas para Itaúna, 5 projetos são relacionados. Dois são continuação de obra em andamento e três se referem a moradias, num total de 40 unidades. Veja matéria nesta edição.

Obras como a construção de viaduto sobre a MG-431, ligando o Bairro Padre Eustáquio e região à área central, ampliação da calha de captação pluvial da Avenida Jove Soares, que enfrenta problemas de enchente a cada chuva mais forte que cai, poderiam estar no novo PAC. Assim como a situação da saúde, já que o único Hospital de Itaúna continua a enfrentar problemas sérios na área financeira. “Uma UPA, pelo menos, poderia estar neste novo PAC”.

Falta representatividade política

O problema é que, conforme aponta a situação política da cidade, o município esbarra naquilo que é chamado de “falta de representação política”. Com uma Câmara mediana, onde os vereadores correm atrás de deputados para conseguir “migalhas” para obras de asfaltamento de ruas – parece até que a cidade não tem outras necessidades – e de uma administração municipal individualista, que não estabelece parcerias políticas além do gabinete do Boulevard, a cidade espera os benefícios que possam vir “das sobras”.

Nas eleições estaduais e federais passadas, os campeões de votos no município não voltaram a Itaúna para saber o que a cidade precisa, até porque não se estabeleceu a relação de “dependência” dos votos locais para estes políticos. A região conta com deputados federais e até um senador, mas que têm compromissos com suas cidades e apenas buscam “o complemento eleitoral de que precisam” em Itaúna. Enquanto isso a cidade aguarda alguma sobra destes R$ 171 bilhões destinados a Minas Gerais – que não sejam destinados a asfaltamento de ruas – para que possa passar do sonho à efetiva realização de obras como as citadas acima.