Passagens de Nível de Divinópolis ganham reforço de segurança

VLI anuncia uma série de melhorias em 10 travessias de linha na área urbana daquele município

Passagens de Nível de Divinópolis ganham reforço de segurança
Divulgação


A concessionaria da linha férrea que corta o Centro-Oeste Mineiro, VLI, anunciou na semana passada uma série de obras na vizinha Divinópolis, visando garantir mais segurança nas passagens de nível na área urbana daquela cidade. São dez pontos que vão receber modernização na sinalização, garantindo mais segurança para pedestres e veículos que fazem a travessia da linha nestes locais. O projeto anunciado pela VLI leva o nome de CCPN – Controle de Passagens em Nível, que passarão a contar com câmeras de segurança, cancelas eletrônicas, sinalização semafórica acústica, instalação de guarda-corpo para direcionamento do fluxo de pedestres; revitalização do pavimento e construção de calçada, dentre outras, conforme o anúncio feito pela concessionária.

Além destas melhorias, o CCPN prevê ainda o acompanhamento destes pontos, 24 horas, com câmeras e alarmes instalados nos cruzamentos e uma equipe dedicada 24 horas-dia para a manutenção dos equipamentos, na previsão de falhas e correção de problemas. Tudo dentro do conceito IOT, que em inglês define como “internet das coisas”. É a modernização de um sistema que vai garantir segurança máxima à população.

Solução apontada em Itaúna é “um viaduto” para muitos problemas

Enquanto em Divinópolis foi anunciada a melhoria que está prevista de ser implantada até o final deste ano, em Itaúna a falta de representatividade política e, conforme um crítico que veio à redação da FOLHA, falta também um estudo mais detalhado da situação. O apontamento feito é a construção de um viaduto que seria a solução para apenas uma travessia, porém não há dinheiro nem um projeto viável, afirma. E, conforme reclamam proprietários de imóveis no local onde apontam o viaduto como solução, “buscam (as autoridades públicas) a saída mais simples, que pode não resolver nada além dos riscos de tornar o local uma ‘zona morta’, como ocorre em várias outras cidades ao redor do mundo”, disse o crítico.

E aponta uma série de outras cidades, como Belo Horizonte, onde a construção de viadutos sobre a linha férrea geraram mais problemas que soluções. “Os imóveis são depreciados e a área passa a servir como esconderijo de malfeitores, descarte de sucatas e toda sorte de problemas. Basta ir à capital mineira e ver no que se transformaram os trechos embaixo de viadutos sobre as linhas para se ter um exemplo”, disse. Conforme as críticas, a construção de viadutos, como apontam ser a solução em Itaúna para a travessia da linha, “só atende a veículos de passagem e gera mais uma série de transtornos para quem mora, trabalha, enfim, vive no entorno destes locais”.

A crítica ganha força a partir do anúncio da Prefeitura, recente, de que a proposta é construir um viaduto como solução para a passagem de nível da Jove Soares no acesso/saída de Itaúna, entre os bairros Graças e Universitário, local onde ocorrem acidentes constantemente. Além de não ser solução, na visão do crítico, “ainda contam com dinheiro da VLI, sendo que nem um projeto como este de Divinópolis são capazes de conseguir junto à empresa”, ironiza.

Concluindo, o cidadão disse que fica triste em ver que a Itaúna falta capacidade de gestão dos homens públicos “que não estudam com seriedade os problemas e apenas buscam saídas simples e, muitas vezes, faraônicas como esta de se construir um viaduto naquele local”. E conclui que a questão é analisada sem critérios, “tanto que apresentam como solução um viaduto, sendo que o problema das travessias de linha em Itaúna são vários, só naquele trecho são três a quatro, no mínimo”, desabafa.