Prefeitura e ViaSul estão chegando a um acordo
Serão adquiridos nove ônibus novos e passagem será subsidiada. Custo para o passageiro poderá ser de R$ 4,90, de segunda a sexta-feira, e R$ 2 nos finais de semana

A reportagem da FOLHA apurou junto às suas fontes que o impasse entre a Prefeitura e a empresa ViaSul, concessionária do transporte coletivo da cidade, pode estar chegando a um acordo, colocando fim aos problemas que se arrastam há vários anos. Conforme apurado, a Prefeitura deverá adquirir cinco ônibus novos, e a empresa, mais quatro, para a renovação da frota. O preço da passagem também deverá cair, dos atuais R$ 6,50, para o valor de R$ 4,90 durante a semana (segunda a sexta-feira), e de RR$ 2,00 nos finais de semana. Isso porque está sendo acertado um subsídio mensal, a ser repassado pela Prefeitura, no valor aproximado de R$ 750 mil.
Também apuramos que a Câmara, conforme informação obtida junto ao presidente da Mesa, Antônio de Miranda, deverá contratar um serviço de auditoria, para revisar todo o contrato, desde o início de sua validade, tendo sido assinado no final do ano de 2016. Ainda obtivemos informação de fontes da reportagem que a Prefeitura também deverá contratar auditoria para revisar todo o processo junto à empresa, desde o início do contrato.
Com isso, a questão do pagamento do acordo feito pela administração passada, e que está na Justiça, para repasse de R$ 18 milhões à empresa, a título de indenização de prejuízos causados durante a pandemia da covid-19, deverá aguardar o final das auditorias.
Fiscalização necessária para que serviço seja melhorado
Com a proximidade do acordo entre as partes, é preciso estar atento ao acompanhamento, para que a prestação do serviço seja no nível que se espera, como apontam críticos da relação ViaSul/comunidade itaunense. Conforme estas observações, o acordo efetiva apenas uma parte da relação de Itaúna com a empresa ViaSul, que seria a viabilidade econômica do serviço. A outra parte, e não menos importante, mas que foi deixada de lado pela administração passada, é o retorno a ser dado aos cidadãos, que pagam pelo serviço que não vem recebendo.
Como informado, o acordo apresenta a solução para a questão econômica e o que se espera, a partir de então, é que a empresa cumpra com as obrigações já existentes no contrato, e que têm sido deixadas de lado. A instalação de um terminal de passageiros na área central, que chegou a ser anunciada no governo passado, mas que não se efetivou, é uma delas. O cumprimento dos horários estabelecidos e até a ampliação da oferta. As instalações nos pontos de ônibus em condições de dignidade para abrigar passageiros até a passagem dos ônibus. A higiene nos veículos; o funcionamento mecânico sem as constantes situações de problemas nos ônibus. Enfim, é preciso que a prestação de serviços seja melhorada, muito, para se chegar a uma condição pelo menos razoável, apontam.
E, para isso, a Prefeitura e também os vereadores deverão estar atentos. Com o acordo, repetimos, a situação econômico-financeira acontecerá. Faltará, então, que a prestação do serviço seja melhorada e, consequentemente, que a fiscalização, real, seja exercida, para que o cidadão receba um serviço ao nível do que o Município investirá.