PROTEÇÃO NA INFÂNCIA - Saúde reforça importância de vacinação de gestantes contra a coqueluche

Em 2024, foram notificados mais de 600 casos confirmados e quatro óbitos; em 2025, já são seis casos suspeitos

PROTEÇÃO NA INFÂNCIA - Saúde reforça importância de vacinação de gestantes contra a coqueluche
Foto: Carol Souza/Divulgação SES-MG

Em 2024, conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), Minas Gerais registrou quatro óbitos em bebês com menos de dois meses. As mães de três deles não tinham se imunizado com a dTpa, indicada para a prevenção da infecção por difteria, tétano e coqueluche em gestantes. 

Além disso, foram mais de 600 casos de mães que não se imunizaram no ano anterior, com 673 casos confirmados para coqueluche, além de 1.762 casos suspeitos. Neste ano, já foram notificados seis casos suspeitos, sendo um confirmado.

Diante dos dados, a Secretaria de Saúde (SES-MG) reforça a importância da vacinação das gestantes que protegem as mamães e os bebês, atuando como um escudo temporário para os pequenos.

“Os profissionais de saúde devem realizar ações no pré-natal, garantindo que as gestantes tenham conhecimento sobre os benefícios das vacinas que devem tomar na gravidez, porque o anticorpo da mãe é transferido para o bebê, que vai ter a imunidade garantida até que possa se vacinar”, destaca Lírica Mattos, diretora de Gestão da Integralidade do Cuidado da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Calendário de vacinação

A dTpa faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde dos 853 municípios. Caso não seja possível se vacinar durante a gravidez, a puérpera pode receber a dose até 45 dias após o parto.

A vacina também deve ser administrada em profissionais e estagiários da saúde, especialmente os que atuam em atendimentos de ginecologia, obstetrícia, pediátricos, UTI neonatal, além de doulas e funcionários de berçários e creches que cuidam de crianças de até quatro anos de idade, para evitar a transmissibilidade da coqueluche.

Cobertura vacinal

Em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde, Minas teve 97,67% de cobertura vacinal da dTpa; 91,43% da Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae do tipo b e hepatite B); e 91,20% da DTP (difteria, tétano e coqueluche). A meta vacinal estipulada pelo Ministério da Saúde é de 95%.