Questiúnculas políticas e coisas mais...

Questiúnculas políticas e  coisas mais...
Renilton Gonçalves Pacheco


Não posso falar que “entendo” de política ou tenho formação na área, mas o convívio e a experiência de anos a fio trabalhando no meio nos leva a conseguir analisar as situações do dia a dia quando vai se aproximando um pleito eleitoral. As exigências da Lei Eleitoral são muitas e detalhadas e devem ser cumpridas à risca, principalmente no que se refere ao tempo hábil. E, assim sendo, vamos observando as movimentações de bastidores, digamos, nas “casas partidárias”, até que se possa abrir os tradicionais comitês eleitorais, que não passam de ponto de encontro, pois é o único lugar em que não se faz reuniões importantes, pois os referidos locais são muito vigiados e normalmente se transformam num antro de fofocas e aglomeração de pedintes dia a dia. São completamente desnecessários. 

Na sequência do cumprimento das leis com publicações de editais, inscrições e registros cartoriais, vem então a campanha aberta, digo aberta, porque “por detrás dos panos”, digamos, ela já existe faz cerca de 60 dias ou mais, mas, como no nosso país o faz de contas funciona quase que oficialmente, a maioria das campanhas já começaram faz tempo com a denominação de pré-campanha. Inventaram isso para poder assediar o eleitor por mais tempo extraoficialmente, mas é como se diz por aí: é o velho “jeitinho brasileiro”. 

E, assim sendo, estamos em plena campanha eleitoral já faz uns 60 dias e temos cerca de mais 60 para frente. E nesse momento, nos bastidores do meio político, a preocupação de alguns é tentar manter os indicadores estabilizados e o de outros é literalmente correr atrás para ver se conseguem ver os índices subirem ou abrirem espaço maior junto ao eleitorado. 

Em nossa barranqueira cidade, as coisas no momento mantêm um ar de silêncio e as movimentações são entremeio, a portas fechadas, entre os possíveis nomes dos dois grupos políticos que vão de fato disputar as eleições majoritárias, podemos ter “figurantes”, mas aparentemente, até aqui, apenas dois nomes vão disputar de fato a eleição majoritária, ou seja, a prefeitura municipal para os próximos quatro anos. 

Em nossa opinião, até o momento, apenas um nome está confirmado, pois ainda temos dúvidas de que um dos nomes ventilados como candidato do grupo do Senhor Prefeito, de fato, venha para a disputa, no caso, o Senhor Maurício Nazaré, boa pessoa, conhecida no meio empresarial, mas que nunca disputou eleição e não se preparou para isso. No nosso entendimento, as possibilidades desse candidato são praticamente zero, mas estamos num Estado Democrático de Direito e todos podem postular um cargo, colocando seu nome para a disputa. Ele pode estar preparando seu nome para o futuro, é o que enxergamos. E se realmente a intenção for essa, ele tem que fazer isso mesmo, pois se tornará conhecido apenas se ficar exposto em todo o município. 

Por outro lado, temos um candidato muito conhecido no meio político e por toda a população e com uma folha de serviços prestados. Atuou como deputado estadual pelo município e não decepcionou, fez trabalhos importantes com a destinação de recursos para obras e serviços e defendeu o nome de Itaúna na Assembleia e junto ao governo do Estado. Não se reelegeu por pouco e é suplente. As pesquisas de momento o indicam como o preferido do eleitor, e até com certa margem de vantagem, mas ainda faltam 75 dias para o pleito e uma campanha eleitoral dura, acirrada e, em nosso entendimento, até certo, ponto “suja” está por vir. E por que “suja”? Porque existem as conhecidas questiúnculas eleitorais que são confundidas com a vida pessoal dos candidatos e isso pesa negativamente. E, apesar das leis e do Juizado Eleitoral estar sempre de olho, acompanhando tudo de muito perto, sempre há abusos que são pensados e articulados pelos que não sabem “lutar” o bom combate e buscam opções mais, digamos, sujas para tentar vantagens por outros meios. Infelizmente ainda acontece, e ainda há gente capaz para tal. 

Mas, apesar disso tudo, ainda entendemos, por experiência no meio, que teremos uma eleição limpa, bem disputada em se tratando de propostas e conduta, e os nomes até agora colocados são de pessoas confiáveis e com boas intenções. Como já colocado por nós, visualizamos até aqui uma eleição, em se tratando de votação, com certa vantagem para um dos candidatos, pela folha de serviços dele, que é mais conhecida e já comprovada. Não temos dúvidas de que, se persistirem os números até aqui levantados, teremos uma administração tranquila feita por uma pessoa que já conhece bem a cidade e seus principais problemas e suas necessidades imediatas. Então, diante do quadro desenhado até aqui, o melhor é que vença quem já tem a bagagem política necessária para que o município possa alcançar mais degraus para uma vida salutar para a população, de maneira clara e sem propaganda enganosa e uma administração que funciona somente virtualmente, como a atual, que, em nossa opinião, apesar de manter os serviços essenciais funcionando bem, deixou e muito a desejar nesses quase 8 anos de mandato. Preocupou-se apenas em maquiar e fez o necessário. Mas infelizmente não debruçou sobre os grandes problemas estruturais vivenciados pela população. Não é preciso enumerá-los aqui, pois a população sabe muito bem quais e tão graves são. 

O momento está chegando em que todo eleitor deste torrão barranqueiro, com certeza, vai optar pelo nome que conhece os problemas comuns da cidade, que tem melhor conhecimento político nas esferas estadual e federal e que tem melhor conhecimento de como se faz política diariamente lidando com o Legislativo, para que se possa vislumbrar um futuro, construindo o presente. Sinceramente, posso estar enganado, mas desta vez já está decidido, a cidade vai escolher quem tem melhores condições de agir politicamente, pois administrativamente necessitamos é de um Executivo com formação universitária em administração pública e que entenda de políticas públicas em todos os níveis. Então as questiúnculas serão apenas passageiras e de menor importância. Vamos aguardar.

Por: Renilton Gonçalves Pacheco