Só 38% do público-alvo está imunizado em Itaúna

De 37.457 pessoas a serem vacinadas, a um mês da chegada do inverno, pouco mais de 15 mil itaunenses se vacinaram

Só 38% do público-alvo está imunizado em Itaúna
Foto: Reprodução/site do MS


O inverno está próximo e o frio já chegou, mas a prevenção ainda arrasta a passos lentos em Itaúna quando se trata de vacinação contra a gripe (influenza), confor-me os dados obtidos pela reportagem no site do Ministério da Saúde (MS). De um público-alvo de 37.457 pessoas, já se imunizaram 15.336. Faltam, portanto, 22.121 pessoas a se imunizarem contra a gripe em Itaúna até o dia 9 de julho, que é o prazo final da campanha de vacinação deste ano. Este número alcança o per-centual de 38,05% do total, menos do que a média mineira, que é de 41,10%. 

Os dados foram consultados no site do Ministério da Saúde no dia 28 de maio, quase um mês após o início da campanha. Em Minas Gerais, de um público-alvo de 8.849.778 pessoas, 3.748.502 já se vacinaram. Conforme a SES-MG (Secreta-ria de Estado de Saúde de Minas Gerais), “o cenário preocupa especialistas, que estimam aumento no número de internações com a chegada do período sazonal, sobretudo no grupo mais vulnerável a doenças respiratórias”.

Alertam estes especialistas que, “a partir de quarta-feira (29), a previsão é ter temperaturas amenas, com aumento do frio e persistência do tempo seco. Esta-mos sob efeito do El Ninõ, então a tendência é de um outono/inverno mais quente. Mas isso não significa falta de frio. Nos próximos dias passamos a ter uma varia-ção grande de temperatura o que favorece a ocorrência de gripe e resfriados”, ex-plicou a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Anete Fer-nandes. 

Já o infectologista Adelino de Melo disse que os hospitais já enfrentam um aumen-to de casos de doenças respiratórias, sobretudo em idosos e crianças. “Um au-mento na procura por atendimento médico devido a sintomas respiratórios é co-mum e esperado durante o inverno. Há algumas semanas os atendimentos a sín-dromes respiratórias já estão em aumento progressivo. As faixas etárias mais vul-neráveis são geralmente os extremos da vida, ou seja, idosos e crianças”, alerta. Vacinar é preciso, pois este é o melhor caminho para evitar a doença.