SUPER INTERESSANTE- Teste de chips cerebrais em humanos é autorizado
Redação Folha do Povo 
A implantação de chips cerebrais com a promessa de, futuramente, reverter condições incuráveis, como a paralisia e a cegueira, parece tecnologia futurista, mas está cada vez mais próximo de se tornar realidade.
No dia 25 de maio, a Neuralink, startup de neurotecnologia cofundada por Elon Musk, foi oficialmente aprovada pela Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) e vai ser realizado estudos clínicos usando implantes cerebrais em cobaias humanas.
No Twitter, a empresa divulgou a autorização e destacou “este é o resultado de um trabalho incrível da equipe Neuralink em estreita colaboração com o FDA e representa um primeiro passo importante que um dia permitirá que nossa tecnologia ajude muitas pessoas”
Em 2022, o pedido de autorização havia sido negado por preocupações com a segurança do dispositivo em relação à danificação do tecido cerebral.
A tecnologia ainda é desconhecida pela maioria da população e gera muitas dúvidas em relação ao seu funcionamento. O que já se sabe é que o objetivo do “chip” é permitir que as pessoas possam interagir com a tecnologia de forma mais rápida e eficiente. Ou seja, o produto será capaz de registrar a atividade neural e estimular regiões específicas do cérebro, ajudando pacientes com deficiência a se mover e se comunicar novamente, restaurar a visão e comunicar-se diretamente com smartphones e computadores utilizando apenas o poder do pensamento. Todas as informações coletadas pelos eletrodos serão interpretadas por algoritmos de aprendizado de máquina e softwares baseados em inteligência artificial e, assim, podem ser transmitidos a dispositivos tecnológicos.
Antes da autorização, a empresa passou por uma série de problemas. Em fevereiro, o Departamento de Transportes dos EUA abriu uma investigação sobre a empresa por supostamente embalar e transportar hardware contaminado de maneira insegura. A empresa de Musk também foi criticada por grupos ativistas por seus supostos experimentos em macacos que resultaram em hemorragia interna, paralisia, infecções crônicas, convulsões, declínio da saúde psicológica e morte.
